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O poder feminino em Chrono Trigger e porquê este é um jogo muito à frente de seu tempo

Recentemente estava jogando Horizon Forbidden West, que é uma continuação direta do jogo de PS4 Horizon Zero Dawn, e me peguei pensando no quão interessante tem sido o desenvolvimento da Aloy como personagem e como protagonista num âmbito feminino também.

Esse meio de games sempre teve seus estereótipos e é muito comum a gente ver personagens femininos sexualizados e sem muito conteúdo, enquanto os personagens masculinos estão “salvando o mundo por aí“. A Aloy desafia esses estereótipos ao ser uma personagem definida não exclusivamente pelo seu gênero, mas pelas suas habilidades e ações, e isso promove uma ideia bem legal de igualdade, representada em uma caçadora excepcional, guerreira e uma líder também.

E olha, games de uma forma geral tem um poder muito grande de moldar ou reforçar certas definições e estereótipos que a gente constrói, principalmente na adolescência. Jogos como Horizon Zero Dawn, ou sua sequência, são importantes nesse sentido, uma vez que colaboram para uma visão um pouco mais desconstruída em um meio onde existe bastante machismo e preconceito. Ponto para a Aloy.

Aloy é a principal personagem em Horizon Zero Dawn e Horizon Forbidden West

Mas não é de agora, nem de hoje, que a gente tem visto jogos com uma narrativa mais inclusiva. E aqui, eu quero inserir um dos meus jogos favoritos de todos os tempos e que, com toda certeza, me cativou muito pela forte e fundamental presença feminina e como cada uma de suas personagens tem características e habilidades únicas e essenciais para o gameplay. Bora bater um papo sobre Chrono Trigger, mas, antes, uma rápida passada de olho nas ondas do feminismo para entender o cenário em que esse jogo nasceu.

O feminismo e suas fases

Como um movimento transformador, o feminismo pode ser dividido em ondas, momentos em que ele é inflado e provoca reflexões e transformações na sociedade. A primeira onda ocorre no século XIX e se estende ao inicio do século XX, na Europa e América do Norte. O movimento deu voz à direitos políticos para as mulheres, principalmente o direito ao voto e também inserção no mercado de trabalho. Quem já jogou Red Dead Redemption 2 teve uma palhinha sobre esse movimento, ainda que de forma mais superficial e, bem…Red Dead tem suas peculiaridades, mas foi legal a referência.

“The Course of True Love III” – Red Dead Remdemption 2

A segunda onda vai do inicio dos anos 60 ate mais ou menos 1980, principalmente nos Estados Unidos. E ela surge com mais força através da obra “The Feminine Mystique“, lançada em 1963 por Betty Friedan. Esse livro trata de um “problema que não tem nome”: O sexismo sistêmico que ensina as mulheres que seu lugar é o lar e que se elas estavam insatisfeitas como donas de casa, isso devia-se ao fato de que elas eram maldosas e mulheres quebradas.

Friedan vem dizer que a culpa disso não era das mulheres, mas sim de um mundo que se recusava a permitir que elas exercessem sua criatividade e intelecto. As mulheres estavam sendo sabotadas e estavam corretas de estarem insatisfeitas.

Embora seu livro não tenha sido revolucionário no pensamento (muitas ideias já haviam sido discutidas antes), ele foi revolucionário no alcance. “Caiu” nas mãos de donas de casa, que passaram para as amigas, que passaram para amigas de amigas e, assim, criou-se uma cadeia de mulheres educadas e de classe media, com belas casas e famílias. E, bem, essas mulheres se permitiram ficar bem nervosas.

E uma vez que as leitoras de The Feminine Mystique se perceberam descontentes, a segunda onda do feminismo tomou sua forma, num movimento onde o objetivo ia muito além das questões políticas e por voto. Agora, a briga era por igualdade social. Acesso ao crédito, aborto, proteção contra violência doméstica e abusos. A segunda onda lutou bastante contra o sexismo impregnado na sociedade, que pintava as mulheres como domésticas e decorativas e os padrões sociais que reforçavam essa pintura começaram a ser mais questionados.

Marcha da libertação das mulheres, na Copley Square plaza em Boston. Abril , 1971.

Anos depois, no início dos anos 90, deu-se inicio ao que chamamos de terceira onda do feminismo. É conhecido que uma das raizes dessa terceira fase foi a audiência de Anita Hill em 1991, que gerou apoio feminista nacional quando Hill testemunhou contra um indicado à Suprema Corte por assédio sexual. Esse fato envolvendo Hill, mulher negra, reforçou também o movimento feminista negro naquela época. Enfim, essa fase do feminismo enfatiza bastante as questões de gênero e outras categorias sociais. Tem como pontos-chave a violência contra a mulher, a representação na mídia e direitos LGBTQ+. A terceira onda também vem dizer que, ainda que a categoria “mulher” seja definida politicamente conforme a biologia e seja socialmente construída através de regras de gênero, qualquer pessoa deveria ter a liberdade de se alto identificar como mulher, se realmente se sentir assim. Ser mulher é, portanto, o que a mulher definir para si mesma.

E em 1995, surge o queridíssimo Chrono Trigger, que não é um jogo feminista na mensagem, mas impressiona pela diversidade e, principalmente, em como suas personagens femininas são representadas.

Wake Up, Crono!

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Principais personagens de Chrono Trigger. Da esquerda para a direita: Lucca, Robo, Ayla, Crono, Marle e Frog.

Bom, existem várias características que fazem desse jogo um dos melhores da sua geração. Chrono Trigger é um JRPG clássico, lançado em 1995 para Super Nintendo. É um jogo da Square e com design de personagens desenvolvido por Akira Toriyama, o pai de Dragon Ball. O time também incluiu Yuji Horii, criador de Dragon Quest e Hironobu Sakugashi, que criou Final Fantasy. Ambos são clássicos absolutos na categoria de RPG. Na verdade, o time envolvido no desenvolvimento desse jogo é conhecido como “Dream Team”. Faz sentido, né?

De maneira bem resumida (porque não é sobre o enredo que quero falar aqui), a história de Chrono Trigger segue o jovem Crono que, junto ao seu grupo de amigos, viaja através de diferentes eras no tempo para evitar um evento apocalíptico que está para acontecer no futuro por meio de um ser chamado Lavos. Ao longo dessa jornada, Crono e seu grupo enfrentam vários inimigos poderosos, resolvem enigmas e vão descobrindo a verdade sobre a misteriosa força que ameaça destruir o mundo. Chrono Trigger é um jogo maravilhoso, com uma trilha sonora emocionante e imersiva, finais alternativos e uma narrativa impressionante, onde algumas escolhas feitas pelo jogador impactam inclusive no desfecho da história.

E esse jogo apresenta personagens femininas que desafiam os gêneros tradicionais e alguns estereótipos. São mulheres cientistas, inventoras, princesas que lutam por si próprias, guerreiras, personagens inteligentes e bem empoderadas. Crono, apesar de ser o protagonista do jogo, não tem falas dentro da narrativa, por opção do jogo mesmo uma vez que é o jogador quem assume o controle do herói. Em contraste à isso, temos 3 personagens, femininas e também jogáveis, que dão voz a essa incrível história: Marle, Lucca e Ayla. Vamos começar pela Marle.

Marle: Princesa?

“Being a princess can be such a pain.”

Bom, talvez superficialmente a Marle pareça uma personagem feminina padrão de um jogo de RPG. Mas de fato não é.

Marle é a primeira pessoa a se juntar a Crono no jogo e por acidente. Ao longo da narrativa, ela vai se mostrando uma personagem necessária e um membro importante da gangue. Corajosa, ela nao tem medo de encarar ninguém.

Na primeira aventura de Crono, a gente acaba descobrindo que a Marle é, na verdade, a princesa Nadia, do Reino de Guardia. Herdeira do rei e com ancestrais de sangue real. Mas ela nunca se adaptou como princesa. Em uma oportunidade, ela se disfarça como uma “garota comum” para ir até o evento principal da cidade, a Millenium Fair, sem as obrigações e limitações de uma princesa. Marle sempre quis viver a vida fora do castelo. É aí que ela acaba conhecendo Crono e por fim desencadeando junto com ele a primeira viagem no tempo do herói.

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Crono conhece Marle por acidente na Millenium Fair

Marle se recusa a ser definida por sua classe ou status. Além de ser uma personagem com uma geração familiar complexa e com uma relação bem problemática com seu pai, o qual é o Rei de Guardia no período em que o jogo se inicia, ela sempre gostou de se misturar com as “pessoas comuns” e é bem esperta, capaz de convencer qualquer pessoa. Ela quer explorar o mundo e fazer a diferença, não como a princesa Nadia, regrada pelo seu nome e poder, mas como Marle, independente e única à sua própria maneira.

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Marle se recusa a ser unicamente tratada como princesa e ajuda Crono a fugir do castelo em uma das primeiras missões do jogo

Lucca: Transformando o futuro através da ciência!

“The past doesn’t change. But maybe we can change the future.”

Lucca é a mente engenhosa e pensante por trás de toda a aventura em Chrono Trigger. É a minha personagem favorita!

A Lucca conheceu o Crono ainda na infância e seu pai era um inventor, de quem ela herdou sua aptidão por invenções e engenharia. Seu pai, no entanto, às vezes negligenciava seu gosto por esse tipo de atividade. Ocorre que, ainda durante sua infância, a Lucca testemunhou um terrível acidente envolvendo sua mãe, o que a deixou aleijada e sem a capacidade de andar. Esse evento estimulou totalmente a Lucca a se aprofundar na ciência. Lucca criou ao longo dos anos várias invenções que de certa forma contribuíram para Guardia, mesmo que algumas delas não dessem exatamente o resultado esperado. Ela sempre exibiu suas invenções na esperança de ter sucesso e de agradar a todos.

A mente engenhosa da Lucca é imbatível! Na verdade, as viagens no tempo de Crono começam através de uma invenção de teletransporte da própria Lucca, que ela estava apresentando no festival Millenium Fair. Mais tarde, em uma viagem a centenas de anos no futuro, Lucca se depara com um mundo arrasado e totalmente dominado pela tecnologia. É nesse período que conhecemos Robo, que é um robô tecnologicamente avançado, mas que estava quebrado. Lucca não só o consertou como também o reprogramou para que Robo se tornasse um aliado. Centenas de anos após sua época original, Lucca ainda era imbatível em sua inteligência! Eu gosto de pensar que, ao ver o futuro, ela se tornou ainda mais motivada e fazer o melhor que pode e evitar que aquilo se repetisse.

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Lucca

Ela não só é uma personagem fantástica, com forte interesse em matemática e ciência, como também é extremamente independente. A Lucca não precisa de homem nenhum e, muitas vezes, é ela quem salva a pele de Crono. Ela está sempre muito feliz com a própria vida e vive segundo seus próprios termos. E isso é o que mais me cativa nessa personagem, mulher, e com um poder de transformação absurdo.

Ayla: Lute como uma mulher!

“Ayla Fight. Ayla No Run. Running Worse Than Losing”

Uma das coisas mais confusas em Chrono Trigger talvez seja sua linha temporal e toda a dinâmica em torno dela. É um vai e vem constante em diversas épocas no tempo. Mas, por mais que seja confuso, é bem interessante como o jogo gerencia tudo isso e como a história flui muito bem.

Em uma dessas idas e vindas, Crono, Lucca e Marle acabam parando 65 milhões de anos no passado. Nesse período, eles se deparam com uma humanidade completamente primitiva, que vivia em tretas com uma raça especifica de répteis, conhecida como Reptites. A sociedade ali era liderada por uma mulher, chamada Ayla, e é onde somos introduzidos a nossa guerreira.

A Ayla é uma personagem impetuosa, dura e confiante. Além de muito, muito obstinada. Além dessas características, ela tem um coração muito doce e é muito inteligente. Seu modo de se comunicar, meio primitivo, se deve, claro, ao seu período histórico, mas nunca foi descrédito algum. A Ayla, dentre todos os personagens jogáveis, é de longe a mais forte fisicamente.

Ela se tornou a líder de sua vila, Ioka, devido a sua forca e por ser extremamente destemida, adquirindo assim um pedaço da Pedra do Sonho, como símbolo do cargo. Ayla liderou seu povo na guerra contra os Reptites e ajudou Crono na missão de deter Lavos. Ela é a única do grupo que luta desarmada, é tudo na raça mesmo!

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Ayla possui uma linguagem especifica para sua época no tempo.

Em termos de representação feminina, ela literalmente quebra os conceitos de que mulheres são frágeis demais e devem ficar em segundo plano em um ambiente masculino. A Ayla luta por si só e toma frente de todas as situações de risco da sua vila. Ao resgatar seu marido, Kino, de um sequestro, ela o coloca para ficar em casa e cuidar da vila enquanto ela viaja pelo tempo salvando o futuro. Que mulher. É interessante adicionar também que houve uma mudança de texto da versão japonesa do jogo para a americana. A versão original (japonesa) sugere que Ayla era bissexual, adicionando ainda mais camadas a personagem.

E algo que sempre me chamou a atenção nessa personagem é a sua resistência ao fogo. Só a Ayla tem isso dentre os jogáveis. Em um meio pre histórico e cercado por homens, esse fato representa muito como ela resiste, se preserva e enfrenta desafios e estereótipos mesmo sendo uma mulher. Adoro a Ayla!

Uma outra curiosidade é que ela é inspirada na personagem de The Clan of the Cave Bear, de mesmo nome, que é uma mulher pre histórica criada em uma tribo de homens neandertais.

Masculino…Feminino…Qual a diferença?

Marle, Lucca e Ayla são 3 personagens jogáveis, com backgrounds incríveis e com bastante representatividade, especialmente para um jogo dos anos 90. E voltando um pouco a esse ano, citei nesse texto que o mundo vivia o início da terceira onda do feminismo. Chrono Trigger, portanto, nasceu no meio desse rolê. Não existe relação direta do jogo com a pauta e eu nem quero aqui criar teorias ou fomentar nenhum tipo de pensamento, mas é muito interessante ver como o jogo se apresentou de forma muito desconstruída justamente nesse contexto. E existe mais um personagem que complementa ainda mais as camadas desse jogo. Vamos falar um pouquinho de Flea.

Flea é um “mini-chefe” de Chrono Trigger que acabamos por enfrentar em uma das missões do jogo e é um personagem muito peculiar, pois ele é um homem que se veste como mulher. Ok, existe todo um lance de classe e raça que a gente tem quando se trata de um jogo de RPG, mas que eu não quero me aprofundar nisso nesse texto aqui. Fato é, quando um dos personagens se refere a Flea como uma mulher, ele rapidamente responde dizendo que é um homem, mas complementando que não se importa, na verdade, com essa definição: o que vale mesmo é sua força e seu poder.

Existe inclusive um item que você ganha de Flea e que pode ser equipado tanto em personagens femininos ou masculinos dentro do jogo, indo na contramão dos outros itens, que são equipamentos de gênero definido. Servem para homem ou para mulher.

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Para Flea, nao é o genero que define alguém.

Acho que dá para notar que tem muita coisa de gênero acontecendo em torno desse personagem. Flea, por ser um ser com capacidades não humanas, pode se apresentar da forma que quiser. Inicialmente, ele aparece como um morcego, por exemplo. Portanto, se ele decide se parecer como uma mulher, é porque ele deseja se parecer com uma. E cara, isso de fato não é um problema para ele, apesar de ele se identificar como um homem, mesmo se apresentando estéticamente como uma mulher.

Não dá para encaixar o flea em uma categoria específica de identidade que conhecemos hoje em dia e, sinceramente? O jogo não entra nesse mérito justamente porque, no fim das contas, não é isso o que importa e não é isso que define o Flea que é um personagem que é quem é, e isso basta. Lembra que comentei sobre a visão de gênero que a terceira onda do feminismo trouxe? Pois é.

E olha, isso nos ensina muita coisa. Expressão de gênero e identidade de gênero são coisas diferentes uma da outra. A representação de Flea em Chrono Trigger só reforça como a nossa identificação com o nosso gênero é algo bem mais complexo do que um entendimento binário de masculino ou feminino. E não se identificar também não é nada negativo ou vergonhoso. Pelo menos não deveria ser. O Flea é um personagem poderoso, muito difícil de derrotar no gameplay, porém muito respeitado dentro da narrativa.

Diversidade em expressão e identificação de gênero deveria ser natural e faz parte das experiências humanas. Chrono Trigger, ao incluir um personagem tao complexo, celebra essas experiencias de uma forma bem legal.

Chrono Trigger: Um jogo à frente de seu tempo

Nos últimos anos a gente viu a indústria de jogos com uma mentalidade e posicionamento bem mais aberta e coerente, especialmente com o lançamento de jogos como Horizon Zero Dawn (e sua sequência) e o maravilhoso The Last of Us Part 2. The Last of Us, inclusive, ganhou uma adaptação em série para TV na HBO.

The Last of Us deu ainda mais profundidade à sua narrativa e se posicionou de uma forma bem bacana na parte 2 da série.

Na sociedade atual, certos tabus e questões já não cabem mais serem tratados como dilema, questões como feminismo e nossa relação com gêneros são pontos a serem urgentemente melhor conscientizados. Nesse sentido, Chrono Trigger foi um jogo bem à frente de seu tempo, visto sua época de lançamento.

Além de uma estrutura narrativa não linear, com múltiplas linhas de tempo e finais alternativos que variam dependendo da escolha do jogador, algo relativamente raro para a época em que foi lançado, Chrono Trigger ainda apresenta personalidades femininas muito fortes, independentes e capazes. Personagens que não estão posicionadas somente como “suporte” ao Crono, o herói da narrativa, mas que estão integradas como jogáveis e muito importantes para toda a história do jogo.

O jogo também manda muito bem em diversidade, com vários outros personagens de diferentes raças, culturas, backgrounds e períodos no tempo, como, por exemplo, o Frog, um cavaleiro (também jogável) que foi transformado em um sapo. Frog é um personagem extremamente emotivo e introspectivo, diferente do arquétipo tradicional masculino em RPGs e protagoniza uma das melhores e mais emocionantes partes do jogo. Apesar das diferentes motivações e passado, todos os personagens trabalham juntos para salvar o mundo.

Chrono Trigger passa uma mensagem muito bonita de cooperação e inclusão e perdura, até hoje, como um dos melhores jogos de RPG de todos os tempos. Bom, com certeza é um dos meus favoritos ♥

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Obrigado por chegar até aqui! Espero que tenha gostado do papo e te convido a dar uma olhada nos outros textos do blog. Um forte abraço!

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Material de Referência

1 – Horizon Forbidden West, 2022 – Guerrilla Games

2 – Red Dead Remdemption 2, 2018 – Rockstar Games

3 – Smithsonian Magazine: “The Powerful, Complicated Legacy of Betty Friedan’s ‘The Feminine Mystique’” (https://www.smithsonianmag.com/smithsonian-institution/powerful-complicated-legacy-betty-friedans-feminine-mystique-180976931/)

4 – National Women’s History Museum – “Feminism: The first wave” (https://www.womenshistory.org/exhibits/feminism-first-wave-0)

5 – National Women’s History Museum – “Feminism: The Second wave” (https://www.womenshistory.org/exhibits/feminism-second-wave)

6 – National Women’s History Museum – “Feminism: The thrid wave” (https://www.womenshistory.org/exhibits/feminism-third-wave)

7 – Chrono Trigger, 1995 – Square

8 – Chrono Wiki Fandom: The Chrono Trigger Series Encyclopedia (https://chrono.fandom.com/wiki/Chronopedia)

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