
A gravidez e a maternidade exploradas no horror
Depois que ‘A Substância’ tomou todas as atenções da internet após seu lançamento, o ‘Body Horror’, um subgenero já conhecido no cinema, voltou a ficar em ainda mais evidência. No body horror, o foco está no corpo humano sendo transformado, invadido ou corrompido de formas viscerais e perturbadoras. E uma outra forma de explorá-lo, é através da gravidez. Claro que a gravidez não é algo ruim mas, por sua própria natureza, ela envolve transformações corporais extremas, mudanças hormonais e perda temporária de controle sobre o corpo, o que a torna um tema potente para esse subgênero. A gravidez como body horror vai explorar as ansiedades em torno da gestação por meio de imagens perturbadoras de transformação do corpo, invasão e perda de autonomia. Vamos tentar então ver como o cinema têm utilizado a gravidez como veículo para o horror, mapeando sua evolução desde as primeiras influências mitológicas até o cinema independente contemporâneo.
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As Origens Culturais do Horror na Gravidez
As origens da gravidez como horror vão na verdade muito além do cinema. A mitologia e o folclore antigos viam o parto como algo ao mesmo tempo milagroso e monstruoso. Essas percepções duais lançaram as bases para as explorações cinematográficas contemporâneas.
A mitologia grega apresenta diversos relatos de nascimentos monstruosos, desde Zeus dando à luz Atena de sua própria cabeça até a Medusa com cabelos de serpente. Essas histórias refletem as dúvidas antigas sobre a natureza transformadora e potencialmente perigosa da reprodução. De forma semelhante, muitas culturas indígenas incluíam histórias de impregnação demoníaca ou descendentes monstruosos como contos de advertência ou explicações para complicações na gravidez. No folclore europeu, existe um conceito conhecido como “changeling”, onde fadas ou demônios substituem bebês humanos por seres sobrenaturais. Esse conceito representa outra manifestação precoce do medo relacionado aos resultados da gravidez e ao desenvolvimento infantil, que mais tarde vai influenciar o cinema.

Na era vitoriana surgiram alguns avanços científicos na compreensão da reprodução, ao mesmo tempo em que ela mantinha uma atitude repressiva em relação à sexualidade feminina. Essa dicotomia se refletiu na literatura gótica, que explorava simbolismos de gravidez e parto, mais notavelmente em Frankenstein, de Mary Shelley, que chegou a ser interpretado como uma metáfora para um parto que deu errado, escrito por uma autora que sofreu múltiplas perdas gestacionais. Em 1974, a crítica feminista da segunda onda Ellen Moers apresentou uma origem diferente para Frankenstein daquela oferecida por Shelley em sua introdução de 1831. Moers argumentou que as experiências de Shelley como jovem mulher provocaram o romance e o impregnaram de ansiedades sobre maternidade, abandono parental e ostracismo social. Em seu artigo “Female Gothic: The Monster’s Mother”, Moers escreveu:
“Frankenstein é um mito de nascimento, e um que foi alojado na imaginação da romancista, estou convencida, pelo fato de que ela própria era mãe… Grávida aos dezesseis anos, e quase constantemente grávida ao longo dos cinco anos seguintes; mas não uma mãe segura, pois perdeu a maioria de seus bebês logo após o nascimento; e não uma mãe legítima, pois não era casada – não pelo menos quando, aos dezoito anos, Mary Godwin começou a escrever Frankenstein. Assim nascem os monstros.”

Antes da década de 1960, o horror relacionado à gravidez existia principalmente no folclore e na literatura, já que a censura cinematográfica limitava representações explícitas, embora o simbolismo já aparecesse em filmes de monstros. Entre as décadas de 1960 e 1970, mudanças culturais e o afrouxamento da censura permitiram uma exploração mais direta, resultando em obras marcantes como O Bebê de Rosemary (1968), que conectou a gravidez ao horror sobrenatural. Nos anos 1980 e 1990, o body horror floresceu com os avanços dos efeitos especiais, explorando tanto a intervenção tecnológica na reprodução quanto transformações gráficas mais perturbadoras. Do início dos anos 2000 até o presente, o cinema independente tem ampliado os limites com representações cruas do medo materno e da ansiedade em torno da gestação, com debates contemporâneos sobre reprodução.
Portanto as ansiedades vitorianas e essas influências históricas em torno da reprodução feminina e da suposta “histeria” corporal forneceram um material rico para cineastas posteriores explorarem o potencial de horror da experiência gestacional e do controle do corpo feminino pelo estabelecimento médico.
O Bebê de Rosemary e o Surgimento do Horror Gestacional no Mainstream
A década de 1960 marcou um momento decisivo para a exploração do horror na gravidez, com O Bebê de Rosemary, de Roman Polanski, impulsionando o subgênero para a consciência do grande público. Esse filme, é sempre bom lembrar, surgiu em meio a um contexto de profundas transformações sociais, incluindo a revolução sexual, os movimentos de libertação das mulheres e os debates em torno dos direitos reprodutivos.

Em 1973, a Suprema Corte americana reconheceu o direito ao aborto como um direito fundamental de privacidade garantido pela Constituição. O Bebê de Rosemary vem logo após isso, discutindo os anseios em torno da autonomia corporal das mulheres, em um período em que as estruturas familiares tradicionais eram questionadas e a tecnologia reprodutiva avançava rapidamente. O filme retrata o establishment médico como cúmplice na experiência horrível de Rosemary, com médicos que ignoram suas preocupações e facilitam sua violação, expondo a crescente desconfiança em relação à autoridade médica e ao tratamento das mulheres nos sistemas de saúde. Embora não seja explicitamente feminista, é uma obra que coloca a gravidez como um espaço para o horror, no qual o corpo de Rosemary se torna um campo de batalha controlado por outros. Sua perda de agência e identidade durante a gestação ressoava com as experiências femininas de objetificação e medicalização.

Após O Bebê de Rosemary, outros filmes continuaram a explorar os receios em torno do nascimento. It’s Alive, de 1974, apresenta um bebê mutante assassino que simbolizava os medos de defeitos congênitos em uma época marcada por crescentes preocupações ambientais e desastres farmacêuticos como o da talidomida. A Profecia (1976) desenvolveu ainda mais a narrativa da criança maligna, embora se concentrasse menos na gravidez em si e mais em seus potenciais desdobramentos catastróficos. Esses filmes, pioneiros, estabeleceram temas centrais que viriam a discutir a gravidez como body horror: o corpo feminino invadido, o gaslighting médico, o isolamento materno, a tensão entre o instinto materno e as evidências crescentes de que algo estava errado com a gestação. Seu sucesso demonstrou a profunda ressonância cultural da ansiedade em torno da gravidez e abriu caminho para explorações mais explícitas do body horror gestacional nas décadas seguintes.

Transformação Corporal e Pavor Materno em The Brood
No final dos anos 1970 e 1980, era de David Cronenberg a voz do body horror. Ele trouxe uma perspectiva clínica, porém carregada de emoção, ao horror reprodutivo e gestacional. Seu trabalho se diferencia pelo exame da transformação corporal e de suas implicações psicológicas.
The Brood (1979), de Cronenberg, é um filme profundamente pessoal que apresenta Nola, cuja raiva se manifesta como descendência física por meio da terapia de “psicoplasmática”. Seus sacos uterinos externos, que ela lambe como um animal, representam os aspectos mais viscerais da maternidade e o potencial de os processos reprodutivos se tornarem monstruosos quando influenciados por traumas psicológicos.

Alien e as Metáforas de Gravidez Masculina

Finalmente, Alien: O Oitavo Passageiro (1979), de Ridley Scott, é um ponto chave e uma evolução decisiva na exploração do body horror, ao transferir a ansiedade gestacional para corpos masculinos enquanto emprega imagens reprodutivas explícitas ao longo de sua narrativa. O filme é genial ao ser capaz de fazer os homens experimentarem, por meio da identificação com personagens masculinos, a invasão corporal e a relação parasitária inerentes à gravidez.

A icônica sequência do chest-burster representa um “parto” masculino horrível, com Kane servindo como hospedeiro involuntário do embrião alienígena. Uma cena que, por essa perspectiva, força os espectadores homens a confrontarem os aspectos invasivos da gravidez, vivenciados apenas por mulheres.
O roteirista Dan O’Bannon reconheceu explicitamente essa intenção: a ideia era deixar o público masculino desconfortável, fazendo com que se identificasse com Kane nessa posição vulnerável. Essa perspectiva invertida de gênero sobre o horror da gravidez tornou o impacto do filme particularmente potente, atravessando linhas de gênero – e é uma ótima desculpa para rever o filme!
“Eu disse: ‘É assim que vou atacar o público, vou atacá-los sexualmente. E não estou atrás das mulheres na plateia, vou atacar os homens. Vou colocar em cada imagem que eu conseguir pensar algo que faça os homens na plateia cruzarem as pernas.’” – Roteirista Dan O’Bannon sobre Alien (1979).

O ciclo reprodutivo completo do alienígena imita a reprodução humana de maneiras grotescas: o facehugger representa uma inseminação forçada, o chest-burster simboliza um parto violento, e o design do xenomorfo adulto incorpora elementos reprodutivos fálicos e femininos. A personagem de Ripley traz uma perspectiva feminina sobre a gravidez masculina, invertendo os papéis tradicionais de gênero no horror. Sua sobrevivência sugere uma resiliência nascida do entendimento da vulnerabilidade corporal de maneiras que seus colegas masculinos não conseguem compreender. O design biomecânico do xenomorfo, criado por H.R. Giger, mistura deliberadamente imagens sexuais e reprodutivas com elementos mecânicos, produzindo uma fusão perturbadora que encarna ansiedades tecnológicas sobre reprodução e invasão corporal.
A influência de Alien no body horror não pode ser subestimada. O filme expandiu o vocabulário do subgênero para incluir relações parasíticas, impregnação forçada e o nascimento como uma emergência violenta, em vez de um processo natural. Também estabeleceu como a ficção científica poderia servir como um veículo eficaz para explorar o horror reprodutivo, influenciando obras posteriores como Species (1995) e Prometheus (2012). E quando o filme resolveu desvincular o horror da gravidez das experiências exclusivamente femininas, Alien universalizou a ansiedade relacionada à invasão corporal e à transformação incontrolável, estabelecendo temas recorrentes ao longo do cinema de horror, mantendo a ansiedade reprodutiva em seu núcleo. Absolute cinema!

A Virada Tecnológica dos Anos 1990: Intervenção Médica e Horror Reprodutivo
A década de 1990 testemunhou também a exploração da gravidez como body horror para incorporar dilemas em torno da tecnologia médica e da intervenção reprodutiva. À medida que as tecnologias de reprodução assistida se tornaram mais difundidas e a ciência genética avançou, o cinema encontrou novos caminhos para explorar os medos relacionados à interferência tecnológica nos processos naturais.
O lançamento do Projeto Genoma Humano (1990), a clonagem da ovelha Dolly em 1996 e os avanços na manipulação genética intensificaram as preocupações sobre “brincar de Deus” com a reprodução humana. O cinema respondeu retratando a tecnologia reprodutiva como potencialmente monstruosa, criando narrativas nas quais a intervenção médica leva a consequências horríveis para os corpos gestantes.

O filme The Unborn, lançado em 1991, explora o horror da fertilização in vitro resultando em um feto monstruoso que controla telepaticamente sua mãe, abordando diretamente as ansiedades em torno das novas tecnologias reprodutivas e o potencial de criar gestações “não naturais”. Em seu artigo para o Los Angeles Times, “MOVIE REVIEWS : ‘The Unborn’ Works Off Genetic Fears”, em 1991, Kevin Thomas descreve que o filme “explora habilmente todos aqueles vagos temores que se têm sobre os perigos da engenharia genética”, conectando a narrativa às ansiedades da época sobre avanços científicos aplicados à reprodução.
Em 1995, o filme Species apresentou o horror gestacional por meio da híbrida alienígena-humana Sil, criada para ser controlada, mas que se torna uma predadora violenta em busca de um parceiro humano para se reproduzir rapidamente. O horror do filme deriva de seus elementos de “horror do útero”, concentrando-se na transformação acelerada de Sil em uma mãe aterrorizante e na gestação extremamente rápida de sua prole monstruosa, resultando em uma representação única e gráfica da gravidez e do nascimento em ritmo acelerado.

Esses filmes discutiam uma crescente ambivalência cultural em relação à autoridade médica e à intervenção tecnológica na reprodução. O ambiente estéril do hospital substituiu os círculos ocultos do horror da gravidez anterior, com médicos e cientistas assumindo o papel de novos antagonistas. Instrumentos médicos tornaram-se ferramentas de invasão e controle, visualizadas por meio de efeitos especiais cada vez mais gráficos, capazes de representar a transformação corporal em detalhes perturbadores.
A virada tecnológica no horror gestacional também introduziu temas como manipulação genética e “bebês projetados”, explorando medos relacionados à eugenia e à mercantilização da reprodução. Essas narrativas frequentemente posicionavam o corpo das mulheres como campo de batalha entre processos naturais e controle tecnológico, discutindo preocupações feministas sobre a medicalização da gravidez e do parto nesse período. Courtney Patrick-Weber é autor do livro “The Rhetoric and Medicalization of Pregnancy and Childbirth in Horror Films”, onde ele analisa como a medicalização da gravidez e do parto traumatiza mulheres, mesmo quando muitos acreditam que tais avanços melhoraram as condições. Ele mostra, especialmente no contexto de filmes de horror, como a gravidez é representada como algo a ser controlado e patologizado, evidenciando tensões entre o sistema médico, a tecnologia e a experiência feminina.
A Exploração Crua do Body Horror Materno pelo Cinema Independente
A década de 2010 em diante viu um renascimento do horror gestacional, liderado em grande parte por cineastas independentes que trouxeram novas perspectivas ao subgênero. Essas obras contemporâneas se caracterizam por retratarem sem rodeios a ansiedade materna, frequentemente dirigidas ou roteirizadas por mulheres que incorporam experiências vividas e perspectivas feministas ao material.
Diferentemente das eras anteriores, quando o horror da gravidez dependia fortemente de elementos sobrenaturais ou de ficção científica, os filmes contemporâneos frequentemente ancoram seu horror em processos biológicos realistas, ampliando os desconfortos e mudanças corporais normais da gravidez a proporções horríveis. Essa abordagem cria uma forma de terror mais íntima e psicologicamente ressonante.
Prevenge (2016), escrito, dirigido e estrelado por Alice Lowe enquanto estava realmente grávida, acompanha uma mulher cujo filho não nascido a incita telepaticamente a cometer assassinatos. O filme explora a experiência isoladora da gravidez e a perda de identidade que muitas mulheres sentem quando seus corpos se tornam vasos para outro ser, com um humor negro que ressalta o absurdo das expectativas sociais impostas às gestantes.
“A gravidez é, de certa forma, um ato violento: mulheres morrem durante o parto, há sangue e há cenas de horror. Muito do que se mostra sobre gravidez termina na própria gravidez; você não vê a verdade dela, então isso precisa ser refletido com a violência no filme. Precisa ser como entrar numa sala de cirurgia enquanto alguém está passando por uma cesariana: você vai ver, a verdade vai aparecer. Eu não queria fugir de nada.” – Alice Lowe, diretora de Prevenge

Antibirth (2016), um horror psicodélico, segue uma mulher de vida desregrada que vive uma gravidez bizarra e acelerada após uma noite que não consegue se lembrar. O diretor Danny Perez utiliza o body horror para abordar temas como autonomia corporal, vício e classe, com efeitos práticos grotescos que retratam a gravidez como um processo cada vez mais alienígena. Já The Void (2016), embora não se concentre exclusivamente na gravidez, apresenta imagens perturbadoras de parto, incluindo homens obrigados a “dar à luz” a entidades monstruosas, continuando a tradição de Alien ao submeter corpos masculinos ao horror reprodutivo e desafiando suposições de gênero sobre invasão corporal.

Esses filmes contemporâneos frequentemente priorizam efeitos práticos em vez de CGI, retornando à qualidade visceral e tátil do body horror inicial. As transformações físicas grotescas são representadas com uma crueza que intensifica seu impacto, forçando os espectadores a confrontarem a realidade bagunçada dos processos corporais que a sociedade frequentemente sanitiza.
O cinema independente também expandiu o horror da gravidez além das perspectivas ocidentais, com filmes como The Womb, de Zan, do Japão, e The Wig, da Coreia do Sul, incorporando ansiedades culturais específicas em torno da reprodução. No cinema brasileiro, o filme As Boas Maneiras (2017), dirigido por Juliana Rojas e Marco Dutra, é um exemplo muito interessante de body horror gestacional, pois explora a gravidez como um processo transformador, grotesco e metafórico, expandindo o subgênero de maneiras culturalmente específicas.
A protagonista Clara (Marjorie Estiano), durante sua gravidez, experimenta mudanças físicas e psicológicas intensas, culminando na revelação de que seu filho possui uma condição sobrenatural (uma metamorfose lupina). O corpo da gestante se torna um campo de terror: a gravidez não é apenas simbólica, mas literal e grotesca, refletindo o medo do desconhecido dentro do corpo materno.

O Futuro do Horror na Gravidez: Novas Vozes e Perspectivas
A exploração da gravidez dentro do horror continua a evoluir, e vai continuar assim, certamente impulsionada por avanços tecnológicos, diversidade cultural e novas preocupações sociais. Tecnologias emergentes, como úteros artificiais, edição genética e outras intervenções reprodutivas, oferecem novos territórios para explorar esse tema. Formatos imersivos, como realidade virtual e aumentada, podem intensificar a experiência de transformação corporal, colocando o espectador em contato direto com a vulnerabilidade e o desconforto da gestação.
A crescente diversidade na produção cinematográfica também amplia as perspectivas do subgênero. Cineastas indígenas, LGBTQ+ e do Sul Global estão trazendo contextos culturais variados, questionando normas estabelecidas e mostrando experiências de gravidez antes marginalizadas. Além disso, a ansiedade ambiental começa a se refletir nesse cinema, abordando medos de trazer filhos a um mundo ameaçado e os efeitos de toxinas ambientais na reprodução.
O horror contemporâneo também expande a representação de gênero. Experiências de gravidez e reprodução de pessoas trans e não-binárias oferecem novas narrativas que desafiam os estereótipos binários tradicionais, tornando o subgênero mais inclusivo e politicamente relevante.
Tendências recentes indicam direções ainda mais inovadoras: Titane (2021), possui uma narrativa de impregnação automotiva, explorando os limites entre reprodução humana e tecnologia. A ascensão do eco-horror sugere que temas ambientais e de contaminação poderão se tornar cada vez mais centrais, como visto em Gaia (2021). Plataformas de streaming, por sua vez, proporcionam espaço para experimentações narrativas, permitindo séries episódicas ou antologias que apresentam múltiplas perspectivas sobre a ansiedade reprodutiva.

O poder desse subgênero está em tornar visíveis experiências frequentemente invisibilizadas: a transformação física e psicológica da gravidez. Ao ultrapassar limites e incorporar diferentes experiências, o horror da gravidez oferece tanto uma catarse para quem já vivenciou a gestação quanto uma janela para essa experiência para quem não a teve.
À medida que a sociedade continua a enfrentar desafios relacionados à tecnologia reprodutiva, autonomia corporal e mudanças na parentalidade, a gravidez permanece um espaço vital para explorar nossas ansiedades mais profundas sobre criação, transformação e os limites da experiência humana.
Criação e destruição, beleza e horror, estão inseparavelmente ligados no ato de trazer uma nova vida ao mundo.
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