Cinema

O Studio Ghibli não é só uma coleção de filmes. É um sentimento, uma filosofia, uma maneira de enxergar o mundo. É o jeito que o vento se move entre as árvores, o modo como a luz brilha na pelagem de um gato, a forma como uma criança estende a mão para segurar outra que sempre estará lá.

E agora, ele é seu.

Branca de Neve não se preocupa em questionar suas próprias contradições. Em vez disso, se entrega tão agressivamente ao que ele acha que o público quer ver que perde qualquer senso de encantamento.

O que torna Sean Baker um diretor essencial é sua capacidade de criar filmes que são ao mesmo tempo formalmente inovadores e profundamente humanos.

O que significa para uma garota como Anora, ter um final feliz? Sean Baker não traz essa resposta. Nem tenta. Em vez disso, Anora permanece na tensão, nas contradições, na consciência de que, em uma vida assim, a própria sobrevivência pode ser o mais próximo de um conto de fadas.

The Holdovers é, em sua essência, sobre as formas estranhas como encontramos e precisamos uns dos outros. Sobre como, às vezes, as pessoas que mais nos irritam se tornam aquelas de quem sentimos falta quando se vão. E sobre como, mesmo no auge do inverno, mesmo nos lugares onde nos sentimos mais presos, o calor sempre encontra um jeito de nos alcançar.

Cada “eu te amo” em Closer carrega o eco de sua inevitável destruição. E essa, talvez, seja sua mensagem mais tóxica: a de que por um breve momento, você foi visto, foi compreendido por alguém. Vocês estiveram perto demais e isso arruinou vocês dois.